Obra prima.

Eu pintei o teu amor

Numa tela branca e fria

Tal qual Da Vinci pintou Monalisa.

Eu senti a agonia de Picasso

Sempre que meus olhos ardiam

E me enxerguei dentro de Guernica.

Eu era a própria dor de Frida

Toda vez que esforço eu fazia

Para capturar a tua essência viva.

Tentei te pintar em mim,

E me tornei tão surrealista

Quanto as telas de Dalí.

O grito do Munch era também o meu,

Ao ver aprisionado dentro de ti

O meu verdadeiro eu.

O teu amor que pintei

Foi a minha obra mais prima.

Observo-a e me pergunto:

“Quanto valeria?”

No final, não importa…

Eu só queria me embriagar de absinto com Van gogh

Porque ele sim, me entenderia.

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